quarta-feira, agosto 30

AREZZO-DE-FESTA

De vez em quando me dá uns lapsos de memória quando vou escrever alguma palavra usada com menos freqüência, mais ou menos como me esqueço do nome das pessoas com as quais convivo só nos fins de semana. Ainda outro dia fui escrever "admirar" e me deu um branco: é "admirar" ou "adimirar"? Um amigo meu dizia que se estiver em dúvida como se escreve seiscentos, é melhor passar dois cheques de trezentos. Mas aí também era desaforo, e até porque achar um substituto para "admirar" ia dar mais trabalho do que checar a grafia correta. Fui no nosso grande amigo Google e escrevi "adimirar" (que era a versão que me parecia mais mobral) e ele me sugeriu gentilmente "você não quer dizer 'admirar'?" Valeu, Guga, a idéia era essa! Já ia voltar alegremente pro meu e-mail, mas os olhos, sempre mais rápidos do que o mouse, pousaram numa frase de chamada de uma página que dizia alguma coisa como "mulheres acompanhadas de outros homens são mais admiradas...". Curiosidade mantém o gato vivo, fui lá cascavilhar. Tratava-se de uma seção feminina do site Terra, devidamente decorada de rosa e lilás, que dava dicas em geral às mulheres, e desta feita ensinava que elas devem chegar nos lugares acompanhadas de outros homens, se querem ser admiradas pelos homens que lá já estão. O texto, evidentemente escrito por uma também mulher, continuava dizendo que, na presença de outros homens, a mulher libera e acentua a sua feminilidade, além de ser um chamariz de paqueras, porque os outros homens que lá já estejam vão querer saber que mulher é essa tão interessante que tem tantos homens ao redor dela. Achei encantador. A fina flor da canalhice feminina. Isso explica muito convite absurdo que tenho recebido. Não que eu seja tão ingênuo a ponto de não estar ciente desse papel acessório que os homens às vezes desempenham, temos cá entre nós até um nome para isso: arroz. Ou seja, ele não é o prato principal, serve só para acompanhar:
"- Olha aquela gata ali; sim, mas ela está acompanhada; que nada, aquele cara tá ali só de arroz.".
Ou ainda:
"-Não vai dar, eu fiquei de ir com fulaninha pra tal canto, mas não tá rolando nada, eu vou só de arroz."
O que eu fiquei admirado foi de o conceito estar ali exposto assim aos quatro ventos para quem quisesse ver, registrado e catalogado com todas as letras, com se fosse uma dica de estética facial ou a última dieta de Beverly Hills. Não havia o menor tom de malícia no texto, como haveria, por exemplo, se fosse um texto da Playboy dando dicas a homens como burlar a vigilância da namorada ou coisa parecida. A coisa era tratada como se fosse um direito adquirido (ou será adiquirido?) das mulheres usarem os homens como bem entendessem e melhor lhe aprouvessem para atingir os seus objetivos mais imediatos. Se o homem-arroz que a foi buscar em casa de carro pra levar pro barzinho da moda estiver interessado nela, tanto melhor para ela e tanto pior para ele. Ele que se exploda. Afinal, as mulheres já são tão historicamente oprimidas e cheias de desvantagens, que têm mais é que aproveitar as poucas vantagens do seu gênero, como mais ou menos dizia a Marquesa de Merteuil à sua pupila em "Ligações Perigosas". O texto do site de dicas não era implicitamente imoral, como seria o da Playboy; era explicitamente amoral.
Aliás, que fique claro que eu estou me referindo ao texto em si, não estou generalizando essa amoralidade a todas as mulheres, e nem estou dizendo que as mulheres não possam ter amigos que as acompanhem. Diga-se também a favor delas que geralmente elegem um amigo gay como o arroz oficial. Mas o fato do texto existir naqueles termos, e num site de enorme circulação como o Terra, reforça a minha tese, creio que aqui já exposta, que a astrologia atrai mais as mulheres por ser uma religião sem pecados e sem prestação de contas. A religião tradicional diz: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo", que traduzindo, quer dizer: não faça com os outros aquilo que você não quer que façam com você. Aí vem a religião pagã e diz: "Você que é de Capricórnio, se for inteligente e esperta, e se souber usar a sua natural sedução, terá hoje grandes chances de encontrar o eterno amor da sua vida."
Convenhamos, a tentação é enorme.

quinta-feira, agosto 24

PLUTÃO NA SEGUNDA DIVISÃO

Vai dar amanhã na capa do Jornal do Commercio:

"PLUTÃO NÃO É MAIS PLANETA E SISTEMA SOLAR FICA MENOR"
A União Astronômica Internacional retirou o status de planeta de Plutão, descoberto em 1930. O Sistema solar agora só tem oito planetas.

Fabiana Moraes, também conhecida como Fabeyoncé, essa cujo blog está aí ao lado registrado como AnnaBlackNery, estava desconsolada:
"E agora? Plutão era o regente do meu signo!"

quarta-feira, agosto 23

EM SE PLANTANDO TUDO DEU

Como dizia Machado de Assis, a hipocrisia é o cimento da sociedade; se as pessoas dissessem o que realmente pensam umas das outras, a humanidade não passaria das primeiras tribos. Esse é o lado "bom" da hipocrisia, também conhecido como diplomacia. O lado mau é esse no qual vamos mergulhar dentro de mais alguns dias quando formos votar, que é achar que os políticos são maus e o povo é bom. Acontece que os políticos não desceram de Marte num disco voador, de paletó e gravata aterrisando direto em Brasília, já munidos de máscara, gazua e pé-de-cabra. É muito simplório dizer meramente que os políticos são corruptos, e fim de papo. Todos eles são pessoas, indivíduos brasileiros que saíram do meio do povo brasileiro. O brasileiro é que tem uma ética frágil. Quem suborna o guarda de trânsito com 20 reais pra se livrar de uma multa de 200 reais não pode reclamar da corrução. Quem acha ótimo e muito natural uma virada de mesa na CBF pra favorecer uma subida de divisão do seu time não pode reclamar da corrução. A torcida comemora essas pilantragens, em vez de exigir que o seu time volte pro campo e ganhe de verdade no peito e na raça. Todo brasileiro acha esplêndido que o juiz roube, contanto que seja para o seu time. Portanto, por que o político não acharia esplêndido roubar, contanto que seja para o seu partido ou para si próprio? Millôr diz que "negociata é um bom negócio para o qual não fui chamado". Rui Barbosa já dizia há mais de meio século que de tanto ver triunfar as injustiças nós acabamos tendo vergonha de ser honestos.

É uma ficção ridícula achar que Lula está na frente das pesquisas porque o populacho humilde e analfabeto acredita que ele não estava envolvido nos escândalos do partido dele. Estão confundindo cultura com ética. É só ir à uma feira de verduras qualquer e tente enganar um verdureiro na hora de pagar a cebola. Por mais analfabeto que ele seja, você não vai conseguir. Ou experimente "fazer mal" a uma filha ou irmã de um operário da construção. Vai levar uma tijolada na cabeça, no mínimo. Essa idéia de massa-povo amorfa e impessoal, que nada julga e nada condena, é uma quimera delirante. Lula está na frente das pesquisas porque subornou o populacho humilde com gorjetas do tipo "Bolsa-Família", "Bolsa-Escola", bolsa-isso e bolsa-aquilo, e o populacho humilde, que não é besta nem nada, tá pouco se lixando se Lula sabia ou deixava de saber do mar de lama que submergiu o Planalto, desde que o dinheirinho pingue lá no Banco do Brasil no final do mês. Outra vez, o juiz pode roubar à vontade, contanto que seja para o nosso time.

terça-feira, agosto 15

NÃO DISSE, MAS DEVERIA TER DITO

Toda vez que passa um documentário sobre Pelé, obrigatoriamente tem que passar também os gols que ele não fez, alguns mais espetaculares do que muitos que ele chegou a concluir.
Alguém deveria lançar um livro, se é que o já não fizeram, com as frases que as pessoas famosas nunca disseram, mas que lhe são atribuídas. No momento só me ocorrem quatro, mas peço a colaboração dos meus milhares de leitores espalhados por todo o mundo, e irei incluindo (olha aí o gerúndio sendo corretamente usado!) novas frases à medida em que as contribuições forem chegando.

1- Play it again, Sam!
(Humphrey Bogart como Rick Blaine em "Casablanca")

2- Elementar, meu caro Watson.
(Sherlock Holmes)

3- Faz tua parte que eu te ajudo.
(Jesus Cristo)

4- Fi-lo porque qui-lo!
(Jânio Quadros)

5- Faz assim que eu gosto, minha rainha.
(Marlene Matos, antes da crise conjugal. Contribuição de Malandrey.)

terça-feira, agosto 8

OS NOMES DAS ROSAS

Há muito tempo atrás, numa galáxia mui distante, quando eu participava de salas de bate-papo no Mirc, nunca pude compreender o porquê de, no início de uma conversa privada, algumas mulheres me perguntarem o meu verdadeiro nome. Sinceramente não posso atinar qual a diferença que poderia fazer se o meu nome fosse João, José, Severino, Sebastião, ou fosse de fato o nick que estava lá no vídeo dela, Manchanegra, Allan Byck ou cousa que o valha. Fosse eu um imbecil ou um semideus, eu o seria muito bem com qualquer nome. Eventualmente, se a coisa evoluisse para um relacionamento ao vivo e a cores, seja namoro ou simples amizade (talvez eu devesse dizer amizade ou simples namoro, geralmente amizade dura mais), ela poderia me chamar pelo meu nome verdadeiro até se cansar. Talvez todas elas se considerassem assim meio bruxas, aprendizes de alguma espécie de numerologia gráfico-sonora, e pelo som do nome poderiam adivinhar se o homem era fiel e pela configuração das letras se era bom de cama. É possível, o problema é que toda vez que uma mulher me diz que é meio bruxa eu fico meio brocha.

Pode-se afirmar, sem medo de errar, que o nome das coisas e das pessoas é mais importante para as criaturas que vêm de Vênus do que para os criaturos que vêm de Marte. Mas o que realmente me levou a escrever sobre isso foi o duplo branco que me deu domingo passado, quando fui pra Toca da Joana pra ouvir o blues da El Mocambo. Simplesmente sumiu, momentaneamente, o nome de duas amigas minhas, as quais costumam ir pra tudo que é de festa comigo e as quais eu estava querendo apresentar exatamente naquele momento a Naara, que tinha ido comigo. "-Essa é Naara, e essa é... ahn... Naara com dois "a"... e essa é..." e nada, o jeito foi fazer uma mesura com a mão, como a indicar uma nova norma de etiqueta recém-aprendida em Londres, segundo a qual o apresentado é que tem que dizer o próprio nome. Deve ter colado, porque as minhas amigas continuam falando comigo. Só não fui pro psiquiatra no dia seguinte porque este sestro não é novo, mas já useiro e vezeiro do meu cérebro caduco. Ou talvez por isso mesmo devesse ir. Outra vez fui apresentar pro pessoal da banda um grupo de amigas, e na hora de apresentar justamente a que eu estava mais interessado, o nome sumiu. Tive que me sair com essa: "-E essa aqui é... dã... a nossa musa!"
Crê-lo-eis, pósteros? Como alguém pode esquecer o nome da própria paquera? Grave, grave. Essas foram as mais bandeirosas, mas eu sigo na vida esquecendo o nome de tudo e de todos. Quando faço uma nova amizade, tenho que perguntar pelo menos umas cinco vezes o nome da vítima até que se me faça a conexão no juízo do nome com a pessoa. Em compensação, cara leitora, se formos apresentados hoje, se daqui a um mês nos reencontrarmos, eu lembrarei do que você estava vestindo, as cores da sua roupa, se usava brinco ou colar, se usava anel no indicador ou no polegar, se tinha correntinha no tornozelo e a sua opinião sobre arte, política e religião. Só não lembrarei o seu nome.

Esse negócio de nome é coisa de mulher, aliás foi pra isso mesmo que ela foi criada. Não foi pra comer maçã e ser comida por Adão coisa nenhuma, Deus poderia muito bem fazer Adão se autoduplicar, como as amebas. Adão ia muito bem no paraíso, todo lépido e fagueiro, até quando Deus resoveu arranjar uma lavagem de roupa pra ele, que andava muito folgado: ele teria que dar, literalmente, nome aos bois. Foi quando Adão se sentiu desesperado, e Deus viu que ele precisava de ajuda. Senão vejamos:

19-Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais o campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome.

20-Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, ó aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.

21-Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar;

22- e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.
(Gênesis 2: 19-22)

Estão vendo? Deus só notou que Adão precisava da ajuda de uma mulher na hora de dar o nome das coisas. Como pôde isso escapar à teologia durante tanto tempo?

Mas o record dos records foi o de João Bita, fotógrafo da velha guarda do JC. Ele tinha já dois anos de casado(!), e casou com uma amiga de infância (!!), e que era vizinha dele(!!!). Foi comprar um fogão, e quando a atendente perguntou o nome do cônjuge, ele esqueceu. Esqueceu e não teve jeito, teve que ficar sem o nome da esposa na nota fiscal das prestações, ou seja lá pra que era que se precisava de nome de cônjuge antigamente pra se comprar um fogão. Só conseguiu lembrar depois que saiu da loja, aí ficou muito preocupado e procurou um médico. O médico mandou ele relaxar e ir pra casa tranqüilo, dizendo que isso era bem mais comum do que ele imaginava. Ainda bem que tem gente por aí bem pior do que eu.

sexta-feira, agosto 4

DESCULPE O TRANSTORNO, ESTAMOS EM OBRAS PARA MELHOR SERVI-LO

Só uma coisa me deixa mais de mau-humor do que a fome: mudança de fuso horário. Esse mês eu estou pegando no primeiro horário, o que significa que eu não posso mais dormir e acordar em horas absurdas. Tive que passar batido sem dormir da quarta pra quinta pra conseguir dormir à noite e na sexta chegar pontualmente, coisa que muito espanta o meu chefe quando acontece. Os primeiros dias de adaptação são os piores, fico com uma audição do Demolidor, o super-herói cego dos quadrinhos Marvel, qualquer conversa ou barulhinho mais alto me irrita profundamente, e quando dá 8 da noite já estou brigando com todo mundo. Depois que larguei fui direto pra casa, farto de tudo e de todos. Num estado de torpor generalizado, ainda consegui ligar o computador e dar uma última geral no Orkut e nos blogs, e aí veio finalmente a salvação do dia, que me restituiu a fé e a esperança na humanidade: o blog de Mandrey.
Mandra, tira essa camisa pé-frio da Coisa, porra, não é à toa que o Leão perdeu de novo dentro de casa!

quinta-feira, agosto 3

OSSOS DO OFÍCIO

CAUSO I:

Sexta passada fui com um bando de cartunistas fazer caricaturas ao vivo num evento de um banco, lá no Arcádia do Paço alfândega. Depois de todo mundo devidamente caricaturado, fiquei matando o tempo antes de dar a hora ir pro Jornal paquerando umas recepcionistas belíssimas, que ficavam atrás de uns computadores moderníssimos, fazendo exatamente nadíssima. Pelo menos foi o que elas me disseram, era só pose mesmo, decerto calculado pela organização pra dar um ar de eficiência e exatidão pra quem ia chegando. Pior é quando nem computador tem, é quando elas chamam "evento de poste", que elas ficam feito um poste paradonas lá de pé, no máximo dizendo mecanicamente um "seja bem-vindo", que, claro, nunca é respondido. Tinha uma que não parava de escrever o tempo todo no teclado, mas uma outra me revelou que ela estava escrevendo o próprio nome milhares de vezes. Narcisismo mandou lembrança. Pra se vingar, a que escrevia o nome me revelou que a outra, a que eu estava conversando mais animadamente, era ninguém menos que a Miss Pernambuco 2005. Me ajoelhei imediatamente aos seus pés e beijei a sua mão, eu nunca tinha nem visto uma Miss Pernambuco ao vivo, quanto mais ficar de prosa com uma. E fui logo perguntando: Tu namorasse com o governador? Ela riu e disse que não, que ele tinha parado na de 2003. Segundo ela, ele namorou com fulaninha de 2001, beltraninha de 2002, cicraninha de 2003 e aí aparentemente sossegou o facho, não fez o upgrade de 2004 nem de 2005.
Aí eu perguntei: "-E tu namoraria com ele?'
Ela: "-Deus me livre! Já viu ele de perto como é feio?"
Eu: "-Mas você tem que ver a beleza interior...!"
Ela: "-Pois é, eu soube que ele é muito legal, dia de domingo quem cozinha na casa dele é ele mesmo."

Ela acreditou que eu estava realmente falando da beleza interior do governador. Definitivamente as misses são desprovidas de qualquer malícia.


CAUSO II:

Deixei o carro em casa outro dia e peguei carona de táxi com um colega na volta pra casa. Passando pela Mário Melo, reduto e passarela dos travestis, o motorista do táxi nos conta que foi levar um passageiro em Olinda à noite, e, como é obrigatório, assim que cruza a fronteira imaginária entre as duas cidades ele tira o miador, ou seja, aquele luminoso escrito "TÁXI" de cima do carro, pra não levar um eventual multa. Depois de deixar o passageiro em casa, pára num sinal, e surgem do nada dois travestis, um com um estilete e outro com um revólver, e levam 60 reais e o celular. No outro dia, já tendo dado parte à polícia, ele liga pro celular e surpreendentemente o próprio travesti atende, e vai logo dizendo que não sabia que ele era taxista (os clientes do motorista devem ter ligado), que eles não faziam essas paradas com taxistas, e que não devolveria o dinheiro, claro, mas que ia devolver o celular. Marcou de deixar por trás de um orelhão num bairro distante, e o taxista foi lá e o celular estava lá mesmo. Está até hoje tentando convencer a mulher dele que essa história é a mais pura verdade, mas ela não acredita de jeito nenhum: "-Quem nunca viu ladrão devolver celular? Tu esquecesse foi na casa da tua rapariga, e agora vem com essa conversa pra cima de mim!"
Pois é, há bens que vêm pra males.

THE IMPORTANCE OF BEING EARNEST

Hoje pedi pra minha secretária para assuntos aleatórios pregar um botão na minha camisa. Vocês não acreditaram realmente naquele post, né? Ah, bom.