sexta-feira, maio 25

GONE WITH THE WIND

Como quase todos os leitores desse blog já sabem, a lendária gata Molina me deixou. Saiu pela janela da cozinha e a última vez que foi vista, segundo as minhas inverstigações pelo prédio, foi com um gatão do primeiro andar, na segunda-feira dia 14 de maio. Depois disso escafedeu-se de cum força, não deu mais notícia.

Acredito que tentou voltar, mas acabou entrando em algum apartamento errado e seduziu alguém com o seu belo par de olhos azuis, e aí o vento levou. Já sonhei umas duas ou três vezes com ela voltando, que deve ser a minha maneira de chorar a perda. A minha faxineira, que amava muito a gata e estava desolada, chegou a chorar de verdade.

Resta agora apenas a saudade e a dor da separação, com o consolo de saber que ela não se estatelou lá em baixo, como me alertou Mardoux, porque eu teimava em não botar a rede de proteção nas janelas, mas está viva, lépida e fagueira em algum lugar do planeta Terra.

segunda-feira, maio 7

O TEMPLO DA PERDIÇÃO

Sabe a cena final do primeiro Indiana Jones, no Caçadores da Arca Perdida, aquela infinidade de caixas num depósito gigantesco? É o meu apartamento novo no momento. Todos os quatro quartos. Só que muito mais desarrumado. Quem está gostando é Molina, que tem vários níveis e patameres novos para explorar. Estou mudado em definitivo, já inaugurei dormindo lá hoje.

Acabou o problema de água, aliás o problema agora é que tem água demais: quando chove tá entrando água em cascata no meu quarto pelas esquadrias de alumínio da minha janela. E lá é sempre chuva de vento: o vento não pára nunca. Uiva sempre, 24 horas por dia. Já vou me livrar do meu ar condicionado, minha assessora para assuntos faxinatórios vai ganhar de presente.

Aliás, vou me livrar de muito catravéis, não pensei que tivesse chegado a esse nível de insanidade de juntar tanta porcaria até assanhar o vespeiro da mudança. Bem que minha amiga Charlotte tinha me chamado a atenção, que eu tinha coisas demais, e eu não tinha entendido bem. Agora entendi. O caminhão da mudança teve que dar duas viagens. E eu morava sozinho num kitnete, hein, galera?

Para os meus amigos deixo os meus livros e cds, para os meus sobrinhos desenhistas os meus lápis, canetas e pincéis. Se eu me livrar de 99% por cento de tudo isso, ainda vou ficar com coisas em excesso. Por favor, nada de chá de apê novo, não me dêem mais nada, pelamordideus!

A não ser Charlotte, que já tinha comprado uma coisinha pro meu apê novo antes desse aviso...