quarta-feira, março 15

TAKE TWO ASPIRINS AND COME BACK TOMORROW

E já que eu não fui nem pro show da Lady Murphy e nem pro show da nova banda de Leo no sábado, resolvi ir pro show da Lady Murphy junto com a velha banda de Leo na terça, no salão de festas de condomínio também conhecido como Ecco´s Beer. Lá chegando, estavam Mário, Nanda, Dayse, A Saurius e a Lady Murphy. E só. Ia ser uma festa em família. E foi, e das boas, com direito a desenhos animados da Pantera-Cor-de-Rosa no telão, os originais da década de 70. No final, o tradicional sarapatel de bandas, Capitão Gancho inclusa, representada por mim, Mário e o próprio Leo. Festa em família, numa terça-feira sem maiores pretensões, mas foi o dia que eu fiquei mais bêbado na minha vida, só perdendo, talvez, para o dia em que a Capitão foi tocar no Musique e eu agarrei a mulher do nosso empresário. Mas a culpa foi dele mesmo, quem mandou me dar tanta vodka? Mas nessa terça, acho que justamente por ser um dia sem maiores pretensões que me pegou desprevenido. Comecei com uma inocente cervejinha, depois o dono do bar inventou de doar à nossa mesa um litro de uísque, que comecei a beber no mesmo ritmo da cerveja. Lá pelas tantas Leo, me vendo pra lá de Bagdá, diz que eu preciso me hidratar, e me dá uma garrafa de água mineral. Eu despejo a garrafa na boca sem encostar a boca no gargalo, e não era água, era sacanagem: vodka. Pra completar, no final dos shows, Lucas-irmão-de-Leo traz um chopp gigante e faz uma rodada de cachimbo da paz, com o primeiro vira-vira cabendo a mim. Juntou tudo isso lá embaixo e começou a fermentar. Dayse sabiamente se recusou a voltar de carro comigo. Consegui dirigir ainda uns três quarteirões e cheguei na Planet Pão. Comi bolo-de-rolo pra ver melhorava, glicose na veia. Não teve jeito, do jeito que ele entrou, saiu. Me encostei no muro da Caixa Econômica, onde o carro estava estacionado, e botei a alma pela boca. Entrei no carro e fiquei com o ar ligado, tentando recompor as idéias. Não sei quanto tempo minhas idéias levaram pra se recompor, pois quando fui ligar o carro de novo, a bateria tinha arriado. Acho que meu anjo da guarda decidiu que era melhor eu voltar de táxi. Cheguei em casa, enguli quatro aspirinas infantis, que calculo deva ser equivalente a duas adultas, tomei um banho, jurei aos meus deuses nunca mais beber e fui dormir. No dia seguinte, ligo pro seguro do carro, eles mandam um reboque, o cara do reboque tortura a bateria com choques elétricos, ela volta a funcionar e eu volto pra casa, não sem antes parar numa farmácia e atualizar meu estoque de aspirinas adultas, só pra garantir.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Caramba, passei alguns dias sem entrar aqui e acabei adiando uma das melhores risadas da minha vida!!!!! Passei vergonha agora em plena Telemar, rindo de quase cair da cadeira por causa da sua descrição fiel da nossa festinha particular!

Só fiquei triste por causa do desfecho da história, tu realmente devia criar um pinguinho de juízo e não dirigir naquele estado... Mas da próxima vez eu te sequestro pra casa de Leo e Lucas até tu ficar bom.

Ooops, lembrei que nem dá! Tu teria ficado mais bêbado ainda com a invenção maravilhosa de Lucas Calado, a vodka com chá mate!

É, realmente, da próxima vez eu tiro o whisky da sua frente. E a cerveja. E a água mineral.

=]

Preciso mesmo é reaprender a dirigir...

11:14 AM, março 20, 2006  

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