AS 4 OPERAÇÕES
E bom senso, eis, segundo dizem, tudo o que se precisa pra se ficar rico. É por isso que sou pobre: só sei fazer três. Bom senso até que consigo ter de vez em quando, mas a conta de dividir me escapa à compreensão. Fui comprar uma vez nas Lojas Americanas uma baixela, coleção de talheres, faqueiro ou seja lá como se chama isso, e quis só de curiosidade saber quanto estava pagando por cada talher. Quem disse? Na munheca não saiu. Tive que pedir socorro a um negão que estava arrumando umas prateleiras, e ele fez rapidinho. Lembrei-me que a conta de dividir foi a última que me entrou no cérebro, e foi a primeira a me abandonar. Acho que é porque matemática pra mim é uma coisa monolítica, absoluta e exata, e a conta de dividir tem um certo quê de malandragem, de aconchambramento, de jeitinho brasileiro. É um tal de vai botando uns numerozinhos lá embaixo, e se não der certo vai aumentando ou diminuindo até encaixar, na base do se colar, colou. Como assim?!? Como foi que o cara que inventou isso chegou a essa conclusão? Me causa uma angústia dos infernos, sempre acho que estou sendo enganado. Estou até hoje esperando que inventem uma fórmula definitiva e oficial pra se fazer essa operação, mas pelo jeito a "versão beta" veio pra ficar.
6 Comments:
Sabia não que precisava saber fazer conta pra se dar bem na vida. Então eu tô lascada, pois tenho problemas com todas as operações, em todas as escalas da existência. De verdade. Eu levei uma queda do berço quando era pequena. E comi mercúrio. Não sei qual é a explicação, mas deve ser uma dessas duas.
Pois é, Debbie, inda bem. Se não eu teria que me lembrar sempre de levar uma calculadora pra não passar por débil mental de novo.
Cris, foi mercúrio cromo ou aquelas bolinhas de dentro do termômetro? Noussa, essa minininha é trágica e dramática como uma ópera de Puccini...!
Era um brinquedinho que tinha lá em casa, certamente proibido nos dias de hoje porque as crianças de fato podem engolir mercúrio. Era uma bolinha de mercúrio que você tinha que ir encaminhando pelo labirinto até ela chegar no centro do trocinho lá, e aí é quando o jogo acabava. Até que um dia quebrou. E eu, com minha fase oral eternamente mal resolvida, comi a bolinha. Não tenho culpa; ela era muito, muito atraente.
rs... vc eh uma figura! Tbm tenho dificuldades com essa operação matemática... dificuldade que alastrou-se por outras áreas do meu ser: não gosto de dividir NADA! :-P (uia!)
Agora... "aconchambramento" foi ótimoooooo! rs...
Comeu a bolinha de mercúrio?!? Como tu conseguiu pegar aquela coisa tão escorregadia?
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É dando que se recebe, Samamba...
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