sábado, junho 25

Agora é tarde, a Cecília é morta


Fui surpreendido com uma inusitada folga de São João, quinta e sexta, que aproveitei pra reler meu detetive predileto, Maigret, de Georges Simenon. Comecinho do capítulo três de "Crime na Polícia" (Cécile est morte):

Maigret costumava dar de ombros quando alguém manifestava espanto, na sua presença, com a resignação dos humildes, dos enfermos, dos milhares de pessoas que vivem reclusas, sem horizontes, nos antros das grandes cidades; sabia por experiência que a fera humana se adapta a qualquer ninho, se puder preenchê-lo com seu calor, seu odor e seus hábitos.