sexta-feira, junho 10

RETURN OF THE REVIEW

Pronto, chega de fotos e figurinhas e surtos citadores. I'm back in business, afinal esse é um blog cinéfilo-intelectual-existencial, e eu tou sem um pingo de sono. Fui ver com Cris o "Guia do Mochileiro da Galáxia", ela pela segunda vez, eu a primeira, ela leu o livro, eu não. Quem não assistiu ainda pode ler o post, eu conto muito pouco ou quase nada do filme propriamente dito.
É mais ou menos um cruzamento do ótimo "The Meaning of Life" do Monty Python com a bela porcaria "The Fifth Element" de Luc Besson, sendo que aqui os efeitos digitais e as personagens caricaturescas se prestam mais ao serviço da comédia, enquanto que no "Fifth" nada se presta a absolutamente nada. Mas ainda assim, No "Guia", fica no ar um certo sentimento de desperdício excessivo, e eles quase chegam a sugerir isso mesmo fazendo algumas paródias explícitas dos hiperespaços e dos calabouços do "Retorno do Jedi", e substituindo as mensagens com projeções holográficas por um pré-histórico 3-D cromático, aquele que precisava de um oclinho verde e vermelho pra ver. Essa estética 2001/Star Wars, mesmo parodiada e satirizada, já está à beira da exaustão, feito filme de drag-queen, que nem elas mesmo acham graça mais. E será que nesse filme precisava de usar tanto efeito assim, ou será que os programinhas de 3-D estão cada vez mais rápidos e fáceis e fica difícil resistir à tentação? Special effects without a story are pretty boring things, já dizia George Lucas, e ele provou amargamente isso com a segunda trilogia. Não é o caso, até que tem story, mas, só pra fazer um paralelo, a animação da abertura feita com colagens pro "Life of Brian", também do Monty Python, é mil vezes mais engraçada do que a espetacular sequência dos extraterrestres sequestrando Brian e jogando ele de volta em Jerusalém, much ado about too little. No caso do "Guia", as imagens geradas por computador, aka CGI, serviram ao menos pra sossegar um rebanho de pirralhos que adentraram aos berros segurando sacos de pipoca imensos, certamente atraídos pelo "galáxia" escrito no cartaz. Como eles certamente não vão recomendar esse filme aos coleguinhas do colégio, os produtores dessa megaprodução deverão sair num preju desgraçado. Mas pra quem gosta do humor estilo Monty Python, cuja principal vítima é a classe-média entediada inglesa, tem algumas boas gargalhadas garantidas.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Tô louca pra ver! MOnty Python é o que há! "Libeltem Blian!"

hahahahaha

11:42 AM, junho 10, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Também adoro "sacos de pipoca imensos"!

1:03 PM, junho 10, 2005  
Blogger Blogart said...

Também adoro ambos, e baldes de coca-cola também.

6:27 PM, junho 10, 2005  

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